O trânsito caótico e o alto custo do aluguel comercial se transformaram em uma questão preocupante para diversas empresas, especialmente para aquelas que possuem sedes em grandes centros.

Deslocar e alocar colaboradores no espaço físico vem se mostrando uma tarefa cada vez mais desgastante e cara. Por esse motivo, a prática do home office tem sido bastante discutida entre gestores e setores de RH.

Porém, ainda que o trabalho remoto se mostre uma boa solução na teoria, na prática ele ainda encontra uma série de entraves dentro das empresas. Para desmistificar o home office e trazer alguns dos benefícios reais do horário flexível, elaboramos este post completo. Confira!

Custos do home office

Se por um lado o home office é capaz de otimizar o orçamento da companhia, especialmente com relação aos custos do aluguel, por outro o trabalho remoto pode sobrecarregar o colaborador, que precisa arcar com gastos como energia, luz, telefone e, dependendo do caso até equipamentos.

Para evitar problemas e desgastes, o ideal é que a empresa possua um protocolo de regras com relação ao trabalho remoto, estabelecendo responsabilidades sobre os gastos. Atualmente não existe uma regra que as empresas devem seguir e justamente por isso contar com uma política interna evita situações de impasse.

Algumas empresas oferecem treinamentos, equipamentos e até uma ajuda de custo no caso do trabalho remoto. Outras não oferecem contrapartida, pois já consideram o home office uma espécie de benefício. De toda forma, é fundamental estabelecer diretrizes claras entre empregadores e empregados.

Home office e legislação

Outro mito com relação ao trabalho remoto diz respeito à aplicação da legislação trabalhista. Muitos empregadores têm dúvidas sobre a regulamentação do tema e quais os riscos que esse modelo de trabalho pode representar para a empresa.

No entanto, isso não passa de um mito. Independentemente de o trabalho ser realizado dentro ou fora da empresa, o vínculo trabalhista prevalece considerando inclusive as obrigações do empregador.

Além disso, em 2011 houve uma alteração no artigo 6º da CLT, deixando claro que o trabalho a distância se equipara ao trabalho realizado na empresa para todos os fins.

Cultura do trabalho remoto

Muitos alegam que o trabalho remoto e o horário flexível não são interessantes para pequenas e médias empresas. Além disso, no Brasil é muito difícil implementar esse modelo devido à “cultura da malandragem’ e também por conta da pouca confiabilidade nas relações de trabalho.

Mas esses argumentos são bem distantes da realidade, já que a cultura do home office está diretamente ligada à cultura da companhia e seus benefícios podem ser vivenciados por todas as empresas, independentemente do porte.

O home office vem se mostrando um modelo capaz de trazer mais produtividade e satisfação, diminuindo as intensas taxas de rotatividade de funcionários. Utilizando as ferramentas corretas é possível viabilizar uma cultura de trabalho remoto que signifique ganhos para todos os envolvidos.

Perda de controle

Alguns gestores manifestam um extremo desconforto com a ideia do home office, pois acreditam que nesse sistema de trabalho é muito fácil perder o poder de gerência sobre os colaboradores e, consequentemente, o controle das atividades.

No entanto, diversas ferramentas possibilitam que o ​home office se transforme em uma verdadeira extensão da empresa. Através de chats, plataformas e programas de vídeo conferência é possível entrar em contato com o colaborador a qualquer momento, além de realizar reuniões e até treinamentos a distância.

Segurança de informações

Por fim, outro mito relacionado ao trabalho remoto diz respeito à segurança de dados e informações confidenciais da empresa.

Certamente, esse é um risco que pode ser minimizado a partir de boas ferramentas de segurança da informação. Hoje, algumas empresas possibilitam o uso de laptops e softwares próprios, cuja criptografia impede o vazamento de informações.

O trabalho remoto já é uma realidade em diversos países do mundo e pode trazer inúmeros benefícios para as empresas brasileiras. Instituindo políticas corretas e boas ferramentas a chance é de que os bônus sejam, sem dúvidas, maiores que os ônus.

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