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Segundo o Sebrae, 52% dos empresários com menos de três anos e meio de atividade são do sexo feminino.

Mulheres são maioria entre os novos empreendedores

Mulher empreendedora: apenas no Nordeste as mulheres ainda não ultrapassaram os homens, mas estão quase lá, com aproximadamente 49% de participação entre os novos empresários

As mulheres estão comandando a abertura de novos negócios no país. Dados revelados pelo Sebrae a partir da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostram que 52% dos novos empreendedores – aqueles com menos de três anos e meio de atividade – são mulheres. A força empreendedora feminina é maioria em quatro das cinco regiões brasileiras. Apenas no Nordeste elas ainda não ultrapassaram os homens, mas estão quase lá, com aproximadamente 49% de participação entre os novos empresários.

A cada ano, o perfil do empreendedor brasileiro se torna mais feminino e mais escolarizado”, destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “As mulheres estão investindo em qualificação, buscam acesso às informações, não permitem amadorismo”, afirma. Prova disso é o índice de escolaridade: 49% dos donos de novos negócios – em que as mulheres são maioria – têm pelo menos o segundo grau completo. Já entre os donos de negócios estabelecidos (com mais de três anos e meio de atividade), – em que os homens são maioria – esse índice é de 41%.

A pesquisa GEM aponta ainda que 66% das mulheres iniciam uma empresa após identificar uma oportunidade de mercado. “Elas estão deixando de empreender apenas para complementar a renda da família ou por consequência de um passatempo”, reforça o presidente do Sebrae. Mesmo em um cenário praticamente de pleno emprego, em todas as regiões do país a maioria das mulheres que conduzem suas próprias empresas são movidas pela oportunidade e não pela falta de alternativas.

Boa parte desse resultado pode ser creditado à força do mercado interno brasileiro, fortalecido pela expansão da classe média. Mas, o fator determinante para o aumento do número de mulheres que empreendem é a flexibilidade para administrar o próprio tempo: gerenciar a própria empresa permite que elas consigam dividir o trabalho com outras atividades da vida familiar. “Isso não quer dizer que elas trabalhem menos, mas ganham autonomia para escolher seus horários”, completa Barretto.

A pesquisa GEM, uma iniciativa da London Business School e Babson College, é feita em 68 países, cobrindo 75% da população global e 89% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. No Brasil, ela é patrocinada pelo Sebrae e realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foram entrevistadas 10 mil pessoas de 18 a 64 anos, de todas as regiões, e 85 especialistas em empreendedorismo. Entre os ouvidos pela GEM estão desde pessoas que estão se preparando para iniciar um empreendimento até os que já estão estabelecidos no mercado.


Texto por Alessandra Pires para Exame.com

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